Travessia em BTT Leiria – Sagres

Destaque

duas pessoas,

duas bicicletas,

mas um único objetivo…

Este foi o projeto que nos levou a partir de Leiria no dia 28 de março de 2015 com destino a Sagres.
Nós, e as nossas “companheiras” (as burras, ou melhor dizendo as bicicletas) partilhámos a estrada, as maravilhosas paisagens e sobretudo bons momentos ao longo dos 9 dias e cerca de 600km que separam Leiria de Sagres.
Pretendemos agora partilhar também esta aventura com os nossos amigos e com todos aqueles que se interessam por viagens de bicicleta.

Vejam como tudo aconteceu…

A ideia
A ideia que surgiu inicialmente foi percorrer de bicicleta a Costa Vicentina, utilizando os percursos já traçados da Rota Vicentina.
No entanto, colocou-se o problema do transporte das bicicletas até Porto Covo.
Então, decidiu-se que a aventura teria início em Leiria (a bela cidade onde moramos) com destino a Sagres, percurso esse que seria maioritariamente feito pelo litoral.

Preparativos
Já possuíamos grande parte do equipamento necessário pois ocasionalmente andamos de bicicleta.
Para esta aventura adquirimos um atrelado para transportar a nossa bagagem e ainda alguns acessórios para as bicicletas.

Dividimos a travessia em 2 partes e definimos o percurso para cada um dos dias, tendo por base uma média de 70 km a percorrer por dia.

Este planeamento foi necessário para reservarmos antecipadamente os alojamentos nos quais iríamos pernoitar.
Tentámos procurar alojamentos baratos mas que garantissem o nosso conforto e a segurança das bicicletas durante a noite.

Os nossos amigos mais próximos foram seguindo a nossa aventura em tempo real através de um localizador GPS (Track — Realtime route tracking & sharing – PAGO).

VIDEO
DIA 1DIA 2DIA 3DIA 4DIA 5DIA 6DIA 7DIA 8DIA 9

1º DIAETAPA IPartida: Leiria
Chegada: Praia Foz do Arelho
Distância: 70 Km

Ver Mapa - ETAPA I (1º Dia)
Fotos (1º Dia)
Crónica (1º Dia)
Escolhemos a encantadora “Praça Rodrigues Lobo” em Leiria como ponto de partida da nossa aventura.
Depois de um cafezinho e de umas quantas fotografias lá partimos. Recordo que a senhora do café nos desejou amavelmente um bom passeio, mal sabia ela que o destino era Sagres.
O dia acordou cinzento, chegamos a apanhar uns chuviscos pelo caminho, mas aos poucos o céu foi ficando azul.
O percurso do primeiro dia já nos era familiar. Sempre vivemos na zona de Leiria e conhecemos razoavelmente bem o distrito. A primeira paragem foi na Marinha Grande, a segunda em São Pedro de Moel, depois na Nazaré (onde almoçámos), São Martinho do Porto e por último Foz do Arelho (onde pernoitámos).
Neste dia encontrámos ótimas condições para o cicloturismo, grande parte do percurso foi feito em ciclovias ou em estradas pouco movimentadas.
Gostámos particularmente do percurso entre a Nazaré e São Martinho do Porto, que apesar de ter uma enorme subida, tem uma paisagem magnífica. Numa parte deste trajeto é possível avistar montes verdes com moinhos brancos no cimo que têm como fundo o azul do mar. É uma paisagem mesmo agradável.
São Martinho é a nossa praia de eleição, a vista do Miradouro sobre a baía é extraordinária.
Ficámos uns minutos na praia a aproveitar o sol.
No percurso entre São Martinho e Foz do Arelho cruzámos caminho com um enorme grupo de peregrinos. Foi divertido.
Chegámos à Foz do Arelho por volta das 17 horas. Ficámos alojados no Inatel Foz do Arelho que nos impressionou pela positiva. Para além de ter um preço bastante acessível, os funcionários são muito simpáticos e os quartos têm ótimas condições. Mesmo antes do jantar deu para descansar um pouco. Neste dia enfrentámos algumas subidas e por isso as nossas pernas já pediam o merecido descanso.

2º DIAETAPA IIPartida: Foz do Arelho
Chegada: Praia de Santa Cruz
Distância: 70 Km

Ver Mapa - ETAPA II (2º Dia)
Fotos (2º Dia)
Crónica (2º Dia)
O segundo dia começou com imprevistos.

Logo na partida, por volta das 9:30h da manhã, a roda da frente de uma das nossas companheiras estava vazia, mas como somos pessoas prevenidas, resolvemos rapidamente o problema usando ar comprimido.

Contávamos atravessar a Lagoa de Óbidos de barco, evitando percorrer cerca de 20km para a contornar. Este foi o segundo imprevisto do dia.

Não conseguimos arranjar boleia de barco para atravessar a Lagoa. Mas, como “há males que vêm por bem”, a verdade é que a volta à Lagoa acabou por ser um passeio muito agradável. Ainda bem que não fomos de barco!

Já no outro lado da Lagoa passámos pelos luxuosos resorts da Praia do Bom Sucesso e da Praia del Rei.

A caminho da praia do Baleal tivemos a sorte de conseguir avistar as Berlengas ao longe.

Acabámos por almoçar em Peniche. Tal como no dia anterior, foi um almoço Pic-nic. O vento atrapalhou um bocado, mas como a fome era tanta, não houve tempo para procurar um local mais abrigado.

Seguimos caminho passando pela praia da Consolação, praia S. Bernardino, praia da Areia Branca, praia de Santa Rita, entre outras, chegando finalmente ao destino, Praia de Santa Cruz, por volta das 17 horas.

Depois de uns minutos à procura, lá conseguimos encontrar o nosso alojamento, um hostel vocacionado para surfistas – Santa Beach House.

O jantar foi um fraguinho assado e a sobremesa um pastel de feijão de Torres Vedras. Maravilha.

3º DIAETAPA IIIPartida: Praia de Santa Cruz
Chegada: Estoril
Distância: 60 Km

Ver Mapa - ETAPA III (3º Dia)
Fotos (3º Dia)
Crónica (3º Dia)
Neste dia optámos por fazer o trajeto entre Torres Vedras e o Cacém de comboio.

Tomámos esta opção para evitar as subidas da serra de Sintra e conseguir chegar ao Estoril.

Em Torres Vedras, enquanto esperávamos pela hora de partida do comboio, aproveitámos para ir à Farmácia e ao Supermercado e ainda para fazer a manutenção às bicicletas. Várias pessoas nos abordaram fazendo questões sobre a viagem. É engraçado receber incentivo de pessoas que não nos conhecem. Houve um senhor que inclusivamente nos perguntou se íamos para a Costa Rica!!

E, como não poderia deixar de ser, aproveitámos também para comprar uns pastéis de feijão para a viagem.

Hoje o almoço ia ser no comboio. Finalmente um almoço sem vento.

No comboio as bicicletas foram numa carruagem própria enquanto nós fomos confortavelmente sentados.

Como raramente andamos de comboio íamos acompanhando atentamente as paragens em todas as estações, com a preocupação de não nos enganarmos na estação de saída.

O comboio parou na Sapataria, como esperado. No entanto, segundos depois de arrancar desta estação volta a parar no meio da linha (não havia qualquer estação naquele sítio). Rapidamente percebemos que algo de anormal de passava com o motor do comboio. Avaria.

Minutos depois vemos o Sr. Revisor e o Sr. Maquinista a andarem para trás e para a frente nos corredores do comboio, e passados cerca de 30 minutos o comboio lá volta a arrancar.
Ao chegarmos à estação do Cacém percebemos de imediato que aquela estação era muito diferente da estação de Torres Vedras. Elevadores, escadas rolantes, torniquetes à saída, cartões eletrónicos…, como sair dali com duas bicicletas e um atrelado?!

Depois de muito procurar, descer e subir as escadas rolantes e voltar a descer novamente, lá conseguimos sair da estação utilizando a saída das pessoas com mobilidade condicionada e recorrendo a um botão de ajuda que existia na saída. Ficámos com a plena sensação que fomos um momento de divertimento para quem eventualmente nos acompanhava pelas câmaras de vídeo vigilância daquela estação!

Finalmente saímos. Da estação até à Boca do Inferno, em Cascais, o percurso não foi agradável: muito transito, algumas subidas, muito calor, enganos no percurso. De facto, para andar em ambiente de cidade é necessário ter muita atenção ao trânsito que na grande maioria das vezes se esquece de respeitar as bicicletas. No entanto, felizmente correu tudo bem!

Chegando à Boca do Inferno, o cenário muda, voltámos a ter ciclovia e uma excelente vista para o mar. Aproveitámos o ambiente da Boca do Inferno e comemos um geladinho.

Seguimos viagem até ao hostel, no Estoril, e o caminho foi tranquilo. Neste dia chegamos ao alojamento por volta das 20 horas. Já era quase noite.

Ficamos alojados no Blue Boutique Hostel. Uma bonita casa azul com uma decoração muito original.

Mas como nem tudo são rosas, dormimos literalmente com o comboio na cabeça. Pois é, este hostel está localizado mesmo ao lado da linha do comboio e a nossa cama tinha a cabeceira virada para a linha. Para além do barulho sentia-se a cama a tremer quando passava o comboio. Apesar disso, recomendo este hostel para quem não tem o sono leve.

4º DIAETAPA IVPartida: Estoril
Chegada: Costa da Caparica
Distância: 35 Km

Ver Mapa - ETAPA IV (4º Dia)
Fotos (4º Dia)
Crónica (4º Dia)
No planeamento da viagem definimos que este dia seria para recuperar forças. Pretendíamos aproveitar ao máximo a paisagem e fazer poucos quilómetros para descansar as pernas. Assim aproveitámos e ficamos a dormir até um pouco mais tarde que o habitual.

O tempo estava ótimo. Excelente dia para andar de bicicleta e as paisagens são magníficas. As fotos que tirámos “falam” por si. Esta parte do percurso entre o Estoril e a Costa da Caparica foi sem dúvida uma das mais bonitas desta viagem.

Algures em Oeiras avistámos o Tridente no mar, o famoso submarino Português.
Almoçámos numa esplanada junto à estação do ferry em Belém. Fizemos pela primeira vez a travessia do Tejo de Belém até à Trafaria. Muito bonito.

Da Trafaria até à Costa da Caparica existem boas condições para o cicloturismo.
Na costa da Caparica comemos um geladinho e seguimos viagem para ao destino definido: Fonte da Telha.

Surgiu neste local o maior imprevisto da nossa viagem. O hostel que tínhamos reservado não nos agradou minimamente. Temendo que este alojamento não garantisse a segurança das bicicletas durante a noite e o nosso conforto, acabámos por optar seguir viagem. Eram 18 horas.

E assim, este dia que supostamente seria de descanso deixou de o ser. Sem qualquer destino definido e com cerca de duas horas de luz solar, seguimos viagem com partida em Fonte da Telha. Apesar de tudo, a praia da Fonte de Telha pareceu-me agradável.

Seguimos o trajeto que estava definido para o dia seguinte. Atravessámos a Arriba Fóssil da Costa da Caparica e o caminho que encontrámos foi dos mais complicados desta viagem. Areia, areia, pinhal, areia. Em algumas partes do percurso era impossível pedalar com tanta areia.

À saída da Arriba Fóssil da Costa da Caparica já era de noite. Equipámos as bicicletas com as luzes, que por acaso tínhamos trazido pois podiam ser úteis em algum imprevisto. E de facto foram úteis.

Pouco passava das 20 horas quando encontrámos um supermercado da cadeia Lidl. Optámos por comprar pão, atum, sumos e uns bolos. Perguntámos nesse estabelecimento onde poderíamos encontrar um sítio para passar a noite. A resposta não foi animadora. Pelo que entendemos, nas proximidades não existiam hotéis nem residenciais.

Seguimos viagem com o objetivo de encontrar um sítio para comer a refeição que tínhamos comprado no Lidl. Por esta altura já era noite cerrada.

Lá encontrámos, próximo de umas Escolas, uma paragem de autocarro com um banco e bastante iluminação. Foi mesmo ali que comemos.

Enquanto jantávamos passou por nós um casal, com uma simpática cadela que nos queria roubar o comer, que nos deu algumas sugestões de alojamento. Seguiram-se os telefonemas. No entanto os possíveis alojamentos ou estavam fechados, ou só aceitavam reservas até às 20 horas, ou não atendiam. Procurámos mais possíveis alojamentos na internet e nada. Até que, já sem grandes expectativas contactámos um parque de campismo que finalmente tinha disponível uma vivenda.

E assim, já passava das 22 horas, quando chegámos ao parque de campismo Valbom, na Charneca da Cotovia.

5º DIAETAPA VPartida: Costa da Caparica
Chegada: Carvalhal
Distância: 70 Km

Ver Mapa - ETAPA V (5º Dia)
Fotos (5º Dia)
Crónica (5º Dia)
Comporta (Carvalhal) era o destino deste dia. No dia anterior já tínhamos andado cerca de 20 quilómetros a mais do que o planeado e por isso este dia foi tranquilo.

Bonitas paisagens, ótimas praias, as fotos que tirámos “falam” por si.

Almoçámos numa esplanada junto à estação do ferry que faz a travessia entre Setúbal e Troia, na companhia de uma joaninha. Gostamos muito de joaninhas.

Pela primeira vez durante a viagem, encontrámos em Setúbal outros cicloturistas, estrageiros por sinal, que não eram de grandes conversas.

O tempo estava ótimo. Fizemos também pela primeira vez a travessia de ferry entre Setúbal e Troia.

Já do “outro lado” surge a sensação que nos encontramos a meio do percurso entre Leiria e Sagres. Metade do objetivo já se encontra cumprido e ainda sentimos muitas forças para continuar.

Andar de bicicleta proporciona de facto um contacto com a natureza incrível. Paisagens lindas, sensações magníficas. De vez em quando eramos acompanhados por umas bonitas borboletas.

Chegámos ao destino por volta das 16:30 horas e o alojamento escolhido tinha uma piscina – Alojamento Costa Azul. O tempo convidava a um mergulho.

6º DIAETAPA VIPartida: Carvalhal
Chegada: Porto Covo
Distância: 70 Km

Ver Mapa - ETAPA VI (6º Dia)
Fotos (6º Dia)
Crónica (6º Dia)
As previsões meteorológicas indicavam que este dia ia ser muito quente. Por esse motivo optámos por acordar um pouco mais cedo que o habitual. E assim, por volta das 8:30 horas partimos da Comporta (Carvalhal) iniciando a segunda parte da travessia Leiria – Sagres.

Tomamos o pequeno-almoço num café adjacente a umas bombas de gasolina e ali acompanhámos o acordar das cegonhas. Apercebemo-nos então que as cegonhas emitem som com o bater dos bicos. Ao som das cegonhas seguimos viagem.

Almoçámos em Sines no primeiro café que encontrámos, estávamos famintos. Em Sines existe uma ciclovia, que se vê que é relativamente recente, com ótimas condições.
Na praia de São Torpes entrámos no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Já estamos no Alentejo.

Chegámos ao destino por volta das 15 horas. Ficámos impressionados com a aldeia de Porto Covo e a famosa ilha do Pessegueiro. Sem dúvida um destino a repetir. Esperamos voltar um dia a esta vila com mais tempo para explorar as praias.
Tirámos várias fotos ao mesmo tempo que especulávamos acerca da origem do nome da Ilha do Pessegueiro.

Ficámos alojados no Ahoy Porto Covo Hostel. No hostel aproveitámos para lavar alguma roupa à mão uma vez que ainda existia bastante sol para a secar até ao dia seguinte. A logística da viagem é de facto a parte mais aborrecida. Todos os dias temos que desfazer e fazer as malas, e como o espaço no atrelado é limitado, tudo tem que ir devidamente acondicionado para caber lá dentro.
Aqui comemos o melhor jantar desta viagem, uma feijoada de chocos “de comer e chorar por mais”.

Ansiamos por voltar a este destino.

7º DIAETAPA VIIPartida: Porto Covo
Chegada: Zambujeira
Distância: 50 Km

Ver Mapa - ETAPA VII (7º Dia)
Fotos (7º Dia)
Crónica (7º Dia)
Partimos com alguma pena da aldeia de Porto Covo, apetecia ficar. O destino de hoje era a Zambujeira do Mar onde íamos ficar alojados em casa de uma amiga, a Daniela.

A viagem foi tranquila, sem subidas, bonitas paisagens da típica planície alentejana mas também ótimas praias.

Fizemos uma pequena pausa em Vila Nova de Mil Fontes para apreciar a bonita praia.

Parámos em Almograve para almoçar, embora a especialidade do restaurante fosse o peixe, nós optamos pelo fraguinho da casa porque ainda tínhamos alguns quilómetros pela frente.

Adorámos o Cabo Sardão. Ao chegar tivemos a sensação que este farol era diferente de todos os outros que conhecemos. No imediato pensámos que esta sensação se devia ao facto de existir um campo de futebol mesmo ao lado do farol, mesmo ali junto ao mar, algo invulgar.
Mais tarde, ao ver as fotos apercebemo-nos que este farol, ao contrário de todos os outros que conhecemos, tem a torre do farol do lado da terra, quando habitualmente a torre se encontra do lado do mar. Curioso.

Quando nos aproximamos deste farol por terra temos a vista que normalmente se tem de um farol quando nos aproximamos pelo mar. Ao pesquisar na internet ficámos a saber que provavelmente este farol foi contruído com a planta rodada 180º.

Na Zambujeira tivemos direito a uma visita guiada às praias e aos miradouros, onde apreciámos um lindo pôr-do-sol. Obrigada Daniela pela visita guiada.

8º DIAETAPA VIIIPartida: Zambujeira
Chegada: Vila do Bispo
Distância: 76 Km

Ver Mapa - ETAPA VIII (8º Dia)
Fotos (8º Dia)
Crónica (8º Dia)
À saída da Zambujeira apanhámos logo uma grande subida. Aliás, este oitavo dia foi o mais exigente em termos de percurso. Para além ter muitas subidas, o piso era bastante irregular, com terra, pedras, etc.

Por recomendação da Daniela passámos na Azenha do Mar. Segundo consta, aqui se come o melhor marisco do país. Como passámos na Azenha durante a manhã não tivemos oportunidade de provar o marisco.

Esta pequena localidade para além de ter um lindo miradouro para o mar está organizada de uma forma muito engraçada. A rua que passa no meio da localidade chama-se Avenida do Mar e as ruas que lhe são perpendiculares têm nomes vindos do mar: Rua da Sapateira, Rua do Sargo, Rua do Polvo, entre outros.

Em Odeceixe passamos pelo famoso Festival do Folar, uma vez que era véspera de Páscoa, já apetecia um folar do Algarve.
Para evitar as perigosas curvas de Odeceixe, optámos por passar no meio da localidade que era sempre a subir. Foi aqui que nos apercebemos que já estávamos no Algarve. O nosso destino final já estava muito próximo.

Almoçámos em Aljezur, uma bonita localidade, muito pacata que parece parada no tempo. Optámos novamente por passar no meio da localidade, ruas muito estreitas em paralelos com uma grande inclinação. Pedimos indicações a uma Senhora que nos respondeu “É sempre andando pra cima”. Já lá em cima, um Senhor mete conversa connosco e pergunta se estamos perdidos. Quando lhe dissemos que íamos para Sagres ficou muito admirado. Ficámos um pouco à conversa com o Senhor enquanto recuperávamos o folego e lá seguimos viagem.

O destino deste dia era Vila do Bispo onde íamos ficar alojados num monte – O Monte Santo António.
Chegámos ao monte já quase de noite e com uns chuviscos.

9º DIAETAPA IXPartida: Vila do Bispo
Chegada: Sagres
Distância: 10 Km

Ver Mapa - ETAPA IX (9º Dia)
Fotos (9º Dia)
Crónica (9º Dia)
Este foi o último dia desta aventura. O objetivo era chegar ao Farol do Cabo de São Vicente, em Sagres, pela hora do almoço, onde nos esperava a nossa boleia para Leiria.

Saímos do monte pelas 10 horas, depois de parar a chuva. O caminho foi tranquilo e quando chegámos a Sagres tivemos a sensação de “objetivo cumprido”. No farol e nas belas praias de Sagres surgiu a inspiração para a próxima aventura.

Já temos projeto para o próximo ano.



A travessia dividiu-se em duas partes:

PARTE I

Leiria – Tróia

Distância: 325 Km

Etapas: I, II, III, IV, V

Diferenças de Altitude: 254 metros (0 – 254)

Subida acumulada: 3.972 metros

Descida acumulada: 3.996 metros

PARTE II

Tróia – Sagres

Distância: 185 Km

Etapas: VI, VII, VIII

Diferenças de Altitude: 208 metros (0 – 208)

Subida acumulada: 1.696 metros

Descida acumulada: 1.678 metros

A travessia foi realizada em 9 etapas, a cada dia correspondeu uma!

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    8 | DEZEMBRO | 2017

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